LIVRO, CAPÍTULO 11 #31
- Matheus Monteiro
- 24 de set. de 2022
- 3 min de leitura
LIVRO, CAPÍTULO 11
Capítulo 11
Depois desse treinamento, desse esforço, vou descansar deitando na grama, comendo e bebendo água um pouco; enquanto a raposa está bebendo água lá do rio que corre. Aprecio o verde daqui, bem bonito. A raposa vem e me diz: ''Aproveite isso, deguste disso, é bom ficar ansioso pelo o que está por vir, mas não pense nisso, não tem algum tesouro no final. '' Eu pensando: ''Eu acho que essa raposa acabou de pensar nisso, hum, sei lá, mas... interessante. ''
Vou andando e eis que vejo uma tartaruga virada de cabeça para baixo na beirada de um laguinho transparente, e desviro ela. - Sorrio e suspiro - ‘'Ahm’’, a sensação é boa, fazer parte, me sinto fazer parte do mundo de novo, a ansiedade diminui drasticamente. Ajudar é bom, fazer algo bom para alguém, mesmo que eu fique um pouco de lado, não que não me importe comigo.
Depois de todo aquele esforço, certo sofrimento, volto para casa feliz, com um quentinho no peito... Bom demais.
Um pouco antes disso, fui, meio que me despedi da raposa e cruzei o portal, para ir para casa, quando cruzei vi um ser... ‘’Estranho’’, sem forma definida, nao conseguia distinguir muita coisa nele nem focalizar ou ver algo específico.
Percebi uma energia um pouco pesada, leve sofrimento sei lá. Meu peito ate pesou um pouco, um ardido de doído, quero sair daqui, mas conheco um pouco, essa sensação, talvez até esse ser.
Ser – Sim, nos conhecemos.
Agora parece que lê minha mente, que coisa é essa, que isso?!
Ser – faço parte também de voçê, eu sou... O sofrimento. A parte que queima, a parte doída, a parte que antes tentava fugir, mas está aprendendo. Parabéns. Agora... Vamos ver se está realmente treinado.
Os ventos começaram a se agitar, nessa estrada de terra, árvores para todo lado. Um pouco nublado, o ar até ficou um pouco denso agora, hum...
Ser – Uma hora de treino, vamos ver se aguenta.
Eu – Ok, muito bem, está bem.
Dou até um leve sorriso. Meu peito esquentou um pouco.
Eu – Vamos ver.
Já me preparei. Ajeitei o corpo. E...
Eu – Aonde eu estou? O quê? O que é isso?
Está escuro, não vejo algo. E de repente... Fico preso, cordas me amarrando, impotente.
Eu – Disgramado, esse ser é forte mesmo. Não consigo me mover.
Estou comecando a suar.
Ser – sim, pode suar.
Eu - O que que é isso? Como você está lendo minha mente?
Ser - não estou lendo. Estou... na sua mente, ou ainda não percebeu?
Começo a girar em redor deste Ser, em translação. Começo a doer, arder. Espinhos invisíveis começam a me afligir. Hum. Ahah. E começa a arder, mais e mais, pelo menos parecia que estava ardendo mais e mais. Deu vontade de ir até aquele Ser.
Tento me mover para dentro, ainda girando em redor, tento ir para dentro, doi um pouco a cada passo.
Eu – Ah, qual é? Esse sofrimentozinho? É, realmente doi um pouco, mas é bom, vale a pena, sei que compensa. Vamos embora! Eu aguento essa dorzinha, é boa.
Caminho até o ser e o abraço.
Ser - É, realmente treinado, está bem. Isso aí, fortaleceu também na mente.
Caio, e abro os olhos, de novo naquela estrada de terra cheia de árvores bem verdes.
E aparece um outro ser:
Ser que... É... fez eu me sentir satisfeito, sensação boa, excepcional. Durante e depois desse lance que ocorreu. Tipo a satisfação depois de um exercício físico.
Vou para casa pensando naquilo. Uma raposa me aparece e sigo, e tenho um certo amadurecimento ali, quase que me abraçando, meu eu com raiva.
Eu – Depois O Estranho aparece e faz um jogo psicológico, quase que aguentar aquela dor, no final foi bom. E aí... O ser aparece, o outro ser, sei lá, não dava para ver direito, e... É, me sinto bem ali. Hum, que história eim?! Tá doido, ham, que viagem. Bom, muito bom. - Converso sozinho comigo mesmo enquanto caminho de volta para casa naquela estrada de terra, mato em redor.







Comentários