LIVRO, CAPÍTULO 13 E 14 #44
- Matheus Monteiro
- 5 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Capítulo 13 e 14 Então, eu depois no banho: ‘’ Da onde veio aquela raposa? Eu hein! ... Como? Precisava colocar para fora, já tinha conversado sozinho, agora decidi escrever, mudando um pouquinho de assunto. E a família lá na varanda de trás. Enfim, daí escrevo: Parar... Meditar... Concentrar... É o que posso fazer. O que dá para fazer, uma leve dor quase se instala em mim. Domingo, quase um fora de uma mulher... Faz ter que eu tenha essa concentração, aqui, fazer algo, é o que posso, em vez de me ressentir, grande dor no coração e assim paralisar. Melhor me concentrar, fazer algo, o que posso, o que der para fazer é isso mesmo. E aqui, na varanda, voltei a pensar na raposa. Como tinha aparecido? Por quê? Como?! Então existe aquele mundo da raposa! Realmente... Curioso, sem data para aparecer de novo, pelo jeito, ela que manda. Sinto a presença dela, meu peito agora, sinceramente, esquentou, um amor realmente por tudo isso, nem sei da raposa, mas sinto sua presença, a vida é realmente imprevisível um pouco, até gosto disso. Estou fazendo o que posso e o que quero, realmente estou com um amor. A vontade é mais de chorar, mas vou continuar. Senão pode ser grande a chance de me paralisar e ficar me sentindo ruim o restante do domingo. CAPÍTULO 14 A semana começa, e vou normalmente fazer minhas coisas, mas... vou caminhar por aqueles lados de novo. Coloco o tênis e vou para a estrada de terra; viro à esquerda na estrada e entro, pelo portal, naquela lugar de novo, ‘’tem é muito verde aqui, mas muito mesmo’’. Só que... não tem ninguém, ‘’não está aqui’’, a raposa. Eu - É, que coisa eim. Não tem ninguém pelo visto, ela não está aqui. Me sento na grama. Sinto o ar fresco daqui. Cruzo as pernas, fecho os olhos. Fico num certo exílio, sem nada. Sem músicas, sem companhia, só aqui nessa natureza. Um pouco excluído talvez, das outras pessoas, mas só um pouco, só por agora. Eu – isso é importante. Ficar... no nada. Realmente. ‘’já que estou aqui’’, pensei, ‘’vamos meditar, rezar um pouco, sei lá’’. ‘’sobre hoje... pensei o seguinte: ter calma em fazer as coisas, realmente calma, uma coisa de cada vez, organizei e fui fazendo lá em casa, brilhante, muito bom, realmente gostei disso. Um olhar presente nas coisas, coisa de cada vez, quase transcendente no ato de fazer, incrível, realmente, dá uma sensação de paz, vi o que fiz e vi terminar aquela parte’’. ‘’Ah, enfim... Gostei’’, pensando ainda, ‘’ falando nisso, em algum momento nas coisas eu perdi o gostar de fazer, e fui só pelo o que ‘tenho de fazer’, só que... não é constante e é ruim. Pelo menos um pouco, tenho que gostar, me divertir, brincar um pouco ali; ao pintar um quadro, ainda que seja difícil de vez em quando, se eu não gostar um pouco, me divertir ali, aí... complica. Tinha perdido isso um pouco. Ou no escrever, me divertir um pouco, ainda que seja difícil vez ou outra, sei lá. Um olhar quase que transcendente, pintando ali, escrevendo, divertir... Bom demais’’, pensei isso, hoje mais cedo na verdade. É bom essa reflexão, esse exílio/meditação, rezar, é bom também. Sinto uma presença... um pouco estranha, um pouco forte, olho de lado... e que ‘’acho que é ela atrás de mim’’... Viro, sim... Eu – A raposa... de nove caudas. Eaí, como está? Raposa – bem, e você? Eu – bem tambem, fiquei aqui, um tempinho, gostei, num exílio. Ham. Dou um sorriso.







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