LIVRO, CAPÍTULO 18 #47
- Matheus Monteiro
- 7 de jan. de 2023
- 3 min de leitura
Eu observando aquilo, fiquei instigado com um ser específico; me concentro em proteger Cecília, mas observando aquele ser me vem uma queimação no peito, uma sensação ruim, como se estivesse sendo injustiçado, uma leve vontade de chorar aparece... Já senti isso já. Observando outras pessoas... Inveja. A inveja, acho que estou entendendo. Por que estou sentindo isso? Ele está invocando isso, aquele ser, ‘’desgramado’’, pensei. Estou entendendo, nos meus breves estudos de psicologia, de vida humana religiosa, digamos assim, entendi: ‘’7 seres... Cada um está representando um pecado capital’’, ‘’então concentre-se'’, tenho que proteger Cecília, ‘’CONCENTRA’’. Felipe agarrado ao seu escudo e dando golpes com sua espada, fica firme em sua posição, não avança, mas também não recua. Um ser o enfrente, parece que pessoalmente a ele. E, eu vendo os movimentos de Felipe, parece que: estava mais seguro no escudo do que propenso a usar a espada e atacar, mais em própria posição. Soraia com uma espada está a enfrentar dois seres, ela é tão enérgica que ‘’puxou’’ estes dois seres e está a lutar. Joga a espada para uma mão, depois para a outra. Um ser avança nela, ela já dá uma espadada nele, enquanto ele se afasta, ela já pega um tronco que estava no chão e dá uma cacetada na cabeça do outro com o tronco. Foi espetacular de ver, tipo assim; parece que tem o ambiente sob certo controle, sabe o que está ao seu redor. O que está fixado em mim, pula e fica entre mim e Soraia; já Cecília nas minhas, tem que se virar, pois o outro ser pula para suas costas, e Cecília - gosto demais de seu nome -, virando, o encara agora. ‘’é, parece que cada um tem seu embate travado’’, ‘’que coisa hein’’. Felipe encara com um; Soraia com incrivelmente dois; eu com um e Cecília, olho de lado para ela, está firme, encara outro. E os outros dois... Como que voam, voam no alto e nos observam, pelo menos até então não agiram. O ser que estava a minha frente tinha um longo bastão em sua mão esquerda, que tinha uma ponta um pouco afiada, sei lá, ‘’ter cuidado’’. Cecília, nas minhas costas, ouvi e olhei rapidamente para ela e estava um pouco grunhindo, como que de raiva, ou para afugentar o ser. E sinto uma dor no peito, olho para frente e... o ser me espetou, bem no coração, ô dorzinha da porra, sentindo como se meu coração estivesse sangrando, literalmente está, na verdade; já sentiu essa sensação antes? Você, leitor?! Seguimos com a história. Nessa espetada, de dor intensa, dá uma raivinha, começo a perder energia, minha energia abaixa drasticamente e olho para baixo... como que querendo sumir, sair daqui, e... começo a ficar transparente, olho para minha mão e realmente estão sumindo. O ser a minha frente começa a se remexer como que não entendendo, tira o espeto e recua um pouco. Olho para as mãos, braços, fiquei invisível, ‘’que coisa hein’’. O ser, da inveja, a minha frente, fica em posição de combate e percebi que não estava me vendo, me sinto pior ainda. Cecília grita para o ser, de raiva, está com raiva, é o que intuo, agora tenho certeza, ‘’bosta’’, o que farei?’’ Estava focado demais em mim, que não vi. Soraia também não estava bem assim, mas é a melhor que estava, pois Felipe, que estava quase na retranca, tinha perdido seu escudo e estava só com a espada. O céu agora se fecha e sol sai, fica bem nublado e... os seres recuam em direção à floresta, inexplicavelmente, na sorte da vida; por ora estamos bem, estre aspas; começo a voltar a aparecer; Felipe, meio capenga, acha seu escudo; Soraia muito fatigada; e Cecília um pouco perdida.







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