top of page

LIVRO, CAPÍTULOS 9 E 10 #30

  • Foto do escritor: Matheus Monteiro
    Matheus Monteiro
  • 24 de set. de 2022
  • 5 min de leitura

LIVRO, CAPÍTULOS 9 E 10

Capítulo 9

Não quero confundir muito com minhas lembranças, meu passado, assim, deixa acontecer, é um pouco avacalhado mesmo.

Eu - Não, e eu... que mês passado quebrei o braço e não sabia que tinha quebrado - risos - Anem.

Letícia - O quê? Sério?

Eu - É - Risos - Anem viu.

Letícia - Uá, mas... que que aconteceu?

Eu - Eu caí de bicicleta, aí bati e tal, mas... não Doeu tanto assim, aí... semana retrasada fui lá no médico e tal, tirei o raio x, ''é, tá quebrado aqui mesmo'' - Risos

Letícia - Nossa.

Eu - Ai ai, tá bom - Dou umas risadas

Letícia - Uá, mas não doeu não?

Eu - Não, doeu, mas para tá quebrado, doer para está quebrado, não, aí não doeu assim não, foi estranho.

Letícia - Ué, então foi bom que doeu tanto assim não.

Eu - É, melhor né? Menos ruim.

Letícia - Que bom que foi forte pra aguentar.

Eu - É, né? Cebesta - Riso

Letícia - Risos.

Fico rodando em um círculo, me machucando, só no pensamento e sensação já me machuco, com espinhos invisíveis.

Em uma ida para o futuro, em uma viagem para o futuro, acabo ficando preso em um círculo, sem saber o que está acontecendo, fico desesperado, com dor, círculo que tinha espinhos invisíveis e me doía, aos poucos percebo que era um lance psicológico.

O que eu penso para o meu futuro é eu cantando, em cima de um palco, e mandando bem, a maioria gostou e tal, ''Pô, mandou bem'', feito um excelente livro e excelentes quadros. O livro mesmo está um pouco parado, vivendo mais no presente é que posso fazê-lo, tendo mais calma. Agora falando de mulheres, ou mulher, fico ruim por não dar certo, não deu muito até então, mais ou menos, então, pelo menos ficava, bem ruim por conta disso, um círculo viciante e angustiante um pouco; um círculo viciante e angustiante um pouco de querer dar certo, mas não dar; ansioso para dar certo logo, mas nada.

Com olhos arregalados e coração palpitante, vivo uma situação bem tensa, vivo ela uma vez, vivo aquela situação mais uma vez, e depois mais uma, e pela quarta vez percebo que está se repetindo e estou preso nesse círculo, tipo... ''que porra está acontecendo e... Como saio daqui?''

Capítulo 10

Aonde as coisas estão acontecendo... Na verdade, acho que nem tem, não tem nada acontecendo assim. Um colega meu deve ir para casa depois do trabalho e ficar em casa mesmo, assistir séries e tal; uma outra, amanhã sábado, vai mexer com estudos já cedo. Se pensar na perspectiva de outras pessoas, não tem nada assim acontecendo. O que antes eu ficava bem ruim por me sentir por fora das coisas, pensar assim me fez sentir um pouco melhor.

Agora... Voltando a história... Dentro de um círculo de perspectiva infinita, com uma certa ansiedade; ''deixa acontecer, vamos ver o que acontece''; viver mais no agora''. E volto para o presente.

Na frente de casa, tem árvores e matos bem verdes aqui em frente, então em um dia vejo uma raposa bem avermelhada no meio do mato. Olhando para mim. Não querendo atacar, mas lá, e bem potente, forte, bem vermelho, levemente alaranjada, essa raposa. Me deixou atônito, procuro algum ponto, que desse sentido a tudo isso; o céu nublado, - Hum, interessante - engulo saliva, a pressão se elevou um pouco. E lá continua bem avermelhada, com nove caudas, - Bom... Eu acho que são nove -. Pisco e ela some. - Que poder.

E em um dia de chuva ela volta, vou chamar meu cachorro que saiu na chuva e ela aparece, quase no mesmo lugar, no meio do mato do outro lado. Me dá uma sensação de paz, tranquilidade, estranho. - Oi - digo, ela rosna um pouco, de leve, uma bufada com o nariz. E corre, no mato, em direção a uma ruazinha de terra que tem na rua debaixo, em direção ao açude até, e vejo ela indo para essa trilha, um pouco no meio do mato, passo a ver mais de leve a cada segundo que se afasta, uma raposa bem laranja.

Um pouco depois daquela cena, tenho a ideia de ir naquela trilha, ''vou lá, quero caminhar agora''. Ajeito o tênis, um mais velho que tenho, bebo água, para hidratar e vou, hoje não vou com os cachorros, lá deve estar puro barro, já que estava chovendo. Abro, fecho o portão de casa, ''bora lá''. Um sol de leve se estende vindo de minhas costas nessa trilha, são umas quatro e meia da tarde, esquenta de leve, agradavelmente, e lá vou caminhando, realmente um pouco de barro, ''enfim''.

Olhando mais a frente, lá longe, vejo a raposa, ''parece que está me guiando'', dou mais alguns passos e ela vai para a esquerda, demoro um pouco para chegar lá, mas, chegando, dou um passo para virar à esquerda, e... parece que entrei em um portal, estou em outro lugar; muitas plantas, folhas bem, bem grandes, muito verde claro, uma cachoeirinha; um lugar bem agradável.

A cachoeira caía e escorria em um riozinho bem estreito e ali no outro lado vejo a raposa, bem vermelha, balançando as caudas e... fala comigo.

- Vou direto ao assunto, suba as escadas a sua direita e se molhe naquela líquido que está ali em cima.

- Hum, sei - encaro a raposa por alguns segundos - Hum, está bom então, vou confiar em você.

Vou, subo os dois degraus e naquele laguinho que tinha ali em cima coloco minhas maõs, esfrego um pouco e até molho o rosto, depois de tirar o óculos, me sento e me sinto... um pouco diferente, estranho.

E vejo uma... versão diferente de mim mesmo, uma com mais raiva, olhos vermelhos, bem em minha frente, parece ser algum tipo de visão.

Minha outra versão - Acha mesmo que tem algum amigo? Acha mesmo que não se sente solitário? Excluído? A raiva, eu não tenho amigos, são todos meus inimigos.

E ele me ataca, apanho um pouco, mas continuo em pé, defendo outros golpes.

Eu - Acalme-se.

Minha outra versão - É né?!

E vem novamente para cima de mim.

Eu - Não se pese tanto.

E o dou um abraço, parece que o peguei de surpresa, ele se acalma, chora um pouco... Nos acalmamos, e abro os olhos. Olho para minhas maõs sei lá, parece que estou bem, parece que tenho mais energia, mais ânimo.

Raposa - É, é disso que precisava, agora podemos continuar.

Eu - Continuar o quê?

Raposa - A se praticar.

Eu - Hum, que viagem. Bora.

ree



 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
Deus faz uma aliança com Noé

Deus abençoou Noé e os seus filhos, dizendo o seguinte: - Tenham muitos filhos e que os seus descendentes se espalhem por toda a terra. todos os animais selvagens, todas as aves, todos os animais que

 
 
 

Comentários


Seguir

  • Instagram

Contato

Whats 31 995034478

Sou do interior de Minas Gerais, tenho 27 anos de idade. Sou artista, em breve psicanalista. Pinto quadros também.

©2022 por Matheus Monteiro Arte. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page